Olá, pessoal! Vamos falar sobre o Outubro Rosa Pet? Nesse mês da conscientização do câncer de mama, é muito importante saber que, assim como os humanos, os pets também podem desenvolver tumores no tecido mamário. Além disso, o número de casos em animais é tão preocupante quanto nas mulheres, já que muitos tutores ainda não possuem conhecimento sobre o assunto. Por isso, nesse post, vamos abordar assuntos importantes sobre o câncer de mama em pets, como sintomas, tratamento e prevenção. Vamos lá?
Outubro Rosa Pet e o Câncer de mama
Apesar de muitos tutores ainda não terem conhecimento sobre o câncer de mama, há grande incidência de tumores mamários em cadelas e gatas, por várias razões. Uma delas é a maior expectativa de vida desses pets, que está relacionada a fatores como a nutrição com dietas balanceadas, vacinação em dia, métodos de diagnóstico precoce e tratamentos eficazes.
O câncer de mama é mais frequente após os 5 anos de idade, tendo uma maior incidência após os 10 anos. Além disso, atinge mais cadelas do que gatas. Enquanto os machos de ambas espécies são raramente acometidos.
As neoplasias mamárias correspondem a cerca de 50% dos tumores em cadelas e é o terceiro tipo de tumor encontrado em gatas. Contudo, são mais frequentemente detectadas em animais de meia idade e idosos.
Existem alguns estudos que apontam que a utilização de anticoncepcionais e a gravidez psicológica, por exemplo, estão diretamente relacionadas ao aparecimento dos tumores malignos. Além disso, esse tipo de tumor provoca facilmente a metástase do câncer, agravando ainda mais a doença.
Principais sintomas do câncer de mama pet
- Inchaços;
- Caroços na região das mamas ou próximo a elas;
- Dores;
- Presença de secreções;
Assim como nos humanos, existem algumas opções de tratamento além do cirúrgico para os animais. São utilizados remédios quimioterápicos que causam nos pets os mesmos efeitos que nos humanos, como quedas de pelo, enjoos, diarreia e até vômito. Além disso, dependendo do grau de avanço do câncer, é necessário realizar a mastectomia. Ou seja, a retirada de uma mama ou de todas.
Para evitar ou identificar a doença logo no começo, as visitas periódicas ao veterinário são de suma importância.
Como prevenir o câncer de mama
Sim, o câncer de mama tem prevenção. Como é o caso da castração em fêmeas, por exemplo. Ela pode diminuir e muito a possibilidade do desenvolvimento da doença, principalmente quando realizada antes do primeiro cio. A maya foi castrada com 6 meses de idade, antes do primeiro CIO e por 2 motivos principais:
- Evitar câncer de mama;
- Evitar cruza indesejada com o Prince, até por serem irmãos de ninhada e, por isso, nada recomendável.
A incidência de tumores mamários em cadelas castradas antes do primeiro cio é de 0,5%. Já em cadelas após o primeiro cio, o índice aumenta para 8%. E após dois ou mais ciclos, chega a 26%. Nas gatas, o procedimento feito antes dos seis meses reduz a chance do câncer em 91%. Se for feito depois de um ano, o número cai para 11%.
Além disso, o procedimento de castração também é indicado para evitar outras doenças graves, como é o caso da piometra (infecção bacteriana no útero). Por conta disso, a castração é capaz de aumentar a longevidade do animal. Temos um post sobre a experiência dos ursinhos, caso tenha dúvidas.
Diagnóstico e o Outubro Rosa Pet
Tanto a prevenção quanto o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar a doença e elevar as chances de cura. E esse é o principal foco da campanha de Outubro Rosa Pet: alertar para conscientização e importância do diagnóstico precoce. Por isso, a partir dos 5 anos de idade da fêmea, deve-se realizar a palpação de todas as mamas periodicamente.
Qualquer tipo e tamanho de caroço encontrado é motivo para a ida ao veterinário. Só ele poderá dar o diagnóstico correto, com o auxílio de exames como raio x, biópsia, exame de sangue, tomografia computadorizada, ultrassonografia etc.
Tratamento do câncer de mama em pet
Caso seja diagnosticado o câncer de mama, o tratamento recomendado é a retirada por meio de cirurgia da mama. Podendo ser apenas uma das mamas, da cadeia mamária de um dos lados ou a remoção de todas. A retirada dos linfonodos que drenam a mama onde o tumor aparece também é indicada.
Caso haja uma comprovação de disseminação linfática regional, será indicado um tratamento quimioterápico como um complemento ao processo cirúrgico realizado. Lembre-se que é muito importante consultar um especialista de confiança antes de tomar qualquer decisão.
Chances de cura
Os pets diagnosticados com câncer de mama no início do problema, ou seja, com nódulos pequenos e sem disseminação regional para os linfonodos, possuem uma chance maior de cura. Já quando há evidência do câncer nos linfonodos regionais, o prognóstico é mais limitado. Mas ainda com possibilidade de tratamento e cura.
Caso o câncer se espalhe por outros órgãos, o prognóstico será desfavorável e o veterinário deve indicar um tratamento paliativo para a manutenção da qualidade de vida do pet.
Inclusive, no caso das gatas, a retirada cirúrgica do câncer de mama deve ser praticada de modo mais agressivo. Pois a chance do tumor voltar a crescer é bastante alto, quando comparado as cadelas. Geralmente, é necessário que as gatas realizem o tratamento quimioterápico complementar à cirurgia.
Após o diagnóstico, em paralelo ao tratamento indicado pelo oncologista, será possível também contar com a ajuda de um nutricionista, para que seja elaborado uma dieta, ajudando na qualidade de vida do pet.
A prevenção é um ato de amor. Proteja quem você ama!
Leia mais sobre o câncer de mama nesses posts:
E então, você já fez a sua parte no Outubro Rosa Pet? É importante conscientizarmos os tutores nesse momento, levando as informações necessárias. Como você tem feito isso? Conta pra gente!
Escrito por
Fernanda Rabaglio
Mãe do Prince da Maya e "tia" do Leon! Sou designer especialista em redes sociais e me encontrei no mercado pet com o Instagram dos @ursinhoschowchow. Aqui compartilho os aprendizados e experiências com esse trio insano e apaixonante!