Olá, pessoal! Que o cachorro é o nosso melhor amigo, nós sabemos. Não importa o momento, ele está sempre ao nosso lado, não é mesmo? Porém, além de toda essa lealdade, você sabia que existe terapia com cães? Esse tipo de terapia ajuda em diversos casos como pessoas com deficiência, depressão, crianças autistas, entre outros. Por isso, nesse post irei contar sobre cachorro como terapia e te mostrar os benefícios que ela pode proporcionar. Vem comigo até o final?
Cachorro como terapia
A Terapia Assistida por Animais (TAA) também conhecida como pet terapia ou cinoterapia, é uma técnica cientificamente comprovada, que tem como objetivo ajudar a promover o bem-estar físico, emocional, social e cognitivo dos pacientes.
Essa terapia pode ser recomendada em várias situações, incluindo o tratamento de pessoas em situação de cama ou hospitalizadas, com deficiências físicas ou intelectuais, assim como de indivíduos com doenças psiquiátricas.
Em todos esses casos, o cão será muito mais do que apenas um animal de estimação, ele irá atuar como um cuidador, auxiliando na diminuição do medo e ansiedade que dificultam os tratamentos. Isso porque, além de tirar o foco do problema de saúde, a interação com o pet irá estimular a liberação de várias substâncias associadas ao bem-estar, como é o caso da dopamina, ocitocina e endorfina, sendo a endorfina conhecida por seu efeito analgésico. Além disso, o cachorro como terapia também diminui os índices de cortisol, o hormônio do estresse.
Como funciona a terapia com cachorro
A terapia possui uma série de protocolos que devem ser seguidos para ser considerada de fato eficiente. Ou seja, colocar um paciente para interagir livremente com o cachorro de alguém não basta.
A interação precisa ser intermediada por um profissional que seja especializado. Então, as atividades realizadas são escolhidas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Dito isso, existem três modalidades principais de tratamentos com cachorro como terapia, sendo elas:
- Terapia Assistida por Animais (TAA) – que consiste em um tratamento dirigido. Possui objetivos claros e que são previamente definidos. Por isso, deve ser recomendada e acompanhada por um profissional especializado;
- Atividade Assistiva por Animais (AAA) – essa é a mais espontânea, voltada para a socialização e distração do paciente. Essa atividade proporciona benefícios emocionais para o tratamento;
- Educação Assistida por Animais (EAA) – recomendada especialmente para pacientes com deficiências cognitivas, pois nela o cachorro atua como um recurso pedagógico, assim, estimulando a aprendizagem.
Também na fisioterapia, a assistência de animais mostra eficácia na otimização do tratamento de crianças com deficiências físicas. Ao tornar as sessões mais leves e divertidas, o cachorro como terapia, auxilia a diminuir a resistência aos exercícios necessários.
Como se tornar um cão terapeuta
Não temos dúvidas de que o convívio com cães nos traz inúmeros benefícios à saúde. No entanto, quando falamos de cachorro como terapia, precisamos ter em mente que, para exercer essa função, ele também precisa de uma “formação”.
Dessa forma, existem ONGs especializada no treinamento para que se tornem cães terapeutas, como INATA. Logo nos primeiros meses de vida do cachorro, esse treinamento tem foco especial na socialização, já que ele irá lidar com diferentes tipos de pessoas e de interações.
Vale ressaltar que além de serem treinados, esses cães devem ser devidamente vacinados, vermifugados e protegidos contra ectoparasitas. Como parte desse protocolo, ele também deve tomar banho antes do atendimento, para evitar uma contaminação de ambientes clínicos e hospitalares.
Cachorro como apoio emocional
Os animais de assistência emocional (esan) são pets com fins terapêuticos, utilizados no tratamento de doenças psiquiátricas, sendo assim, não são tratados como um simples animal de estimação.
Mas afinal, qual a diferença de um cão de serviço para os cães de apoio emocional? É bem simples até. Um cão de serviço é treinado para fazer tarefas que irá facilitar a vida do seu dono, como é o caso do cão-guia, por exemplo. Já o cachorro como apoio emocional irá trazer benefícios ao dono através do seu companheirismo, sendo assim, não é treinado para realizar tarefas.
O cachorro como apoio emocional fornece conforto e apoio ao dono, ele é capaz de contribuir para o controle emocional e afetivos de pessoas que possuem ansiedade, depressão, síndrome do pânico, sentimentos de solidão, estresse pós traumático, entre outras patologias neurológicas. Os benefícios de ter um pet consigo são diversos. Então, imagina para quem realmente precisa dele?
Ursinhos são ESAN
Aqui em casa, 2 dos ursinhos, o Prince e a Maya, são cães de apoio emocional. Eles chegaram em casa em 2016, enquanto eu passava por uma forte crise de Depressão e a adoção deles foi uma recomendação médica. Confesso que na época achei um pouco estranho. Mas hoje tenho absoluta certeza que não teria saído da crise sem o apoio deles.
Com certeza um cão de suporte emocional é um tratamento altamente efetivo e sem efeitos colaterais, como os remédios tarja preta que normalmente são indicados. Ter um cachorro como terapia é um modo de superar problemas físicos e psicológicos com leveza, carinho e a cumplicidade mais sincera do mundo.
Ah, e um cachorro para terapia ESAN não precisa de um treinamento específico, como o cão terapeuta. Basta que ele saiba comandos básicos e seja socializado para poder te acompanhar em lugares públicos, por exemplo.
E então, gostou de saber mais sobre as possibilidades de se ter um cachorro como terapia? Você tem alguma experiência para contar? Deixa aqui nos comentários!
Escrito por
Fernanda Rabaglio
Mãe do Prince da Maya e "tia" do Leon! Sou designer especialista em redes sociais e me encontrei no mercado pet com o Instagram dos @ursinhoschowchow. Aqui compartilho os aprendizados e experiências com esse trio insano e apaixonante!