Olá, pessoal! Todo mundo sabe que doar sangue é um gesto de amor e salva muitas vidas. Mas você sabia que o seu animalzinho também pode doar? As transfusões de sangue são extremamente importantes para os animais que estão em tratamento com doenças que levam à anemia, como doença do carrapato e leishmaniose. Por isso, nesse post, vamos conversar sobre a doação de sangue pet, sua importância e os critérios para essa ação.

Doação de sangue pet

Importância da doação de sangue

Todo mundo conhece sobre as campanhas de doação de sangue. Vemos com frequência as chamadas solicitando voluntários para abastecer os bancos de sangue nos hospitais. Esse procedimento é simples, rápido e ajuda milhares de pessoas, salvando suas vidas.

Porém, o que pouca gente sabe, é que esse procedimento também é comum no mundo pet. Assim como no caso dos humanos, a doação de sangue pet salva a vida de outros animais e os ajuda em diversas situações.

Algumas doenças autoimunes levam o pet a precisar de transfusão, além de traumas e acidentes. E assim como nós temos outros tipos sanguíneos, os pets também têm. Sendo assim, a doação de sangue é a melhor maneira de ajudar nossos amigos peludos.

Quais os critérios e vantagens para ser doador

Cachorro

Para um cão se tornar doador, são necessários os seguintes critérios:

• Idade entre 1 a 8 anos;
• Peso mínimo de 27kg;
• Temperamento dócil;
• Vacinação e vermifugação atualizadas;
• Controle de pulgas e carrapatos;
• Não apresentar doença ou transfusão prévia.

E as vantagens de um cão se tornar doador, são:

Exame físico completo, “Check up” periódico de cortesia incluindo os seguintes exames:

• Hemograma completo – que detecta anemias e infecções assintomáticas;
• Função renal – uréia e creatinina para verificar o funcionamento dos rins;
• Testa para Leishmaniose;
• Dirofilariose – verme do coração;
• Ehrlichia canis e Lyme – doenças transmitidas pelo carrapato;
• Brucelose.

Gato

Aos gatos, para que se torne doador, é necessário:

• Idade entre 1 e 7 anos;
• Peso mínimo de 4kg;
• Temperamento dócil;
• Vacinação e vermifugação atualizadas;
• Controle de pulgas e carrapatos;
• Não apresentar doença ou transfusão prévia.

As vantagens de se tornar um gato doador, são:

• Exame físico completo, “Check up” periódico de cortesia incluindo os seguintes exames:
• Hemograma completo – que detecta anemias e infecções assintomáticas;
• Função renal – ureia e creatinina para verificar o funcionamento dos rins;
• Sorologia para FIV (imunodeficiência viral felina) e FELV (leucemia viral felina);
• PCR Micoplasmose – doença que pode levar a anemia intensa;
• Tipagem sanguínea.

Como é a doação de sangue pet

Para quem tem o costume de doar sangue, sabe que esse procedimento é rápido e descomplicado. E a história não é muito diferente quando falamos da doação de sangue pet. 

Então vamos ao passo a passo?

• Seu pet deve estar em jejum: seu amigo deve ficar em jejum por 4 ou 5 horas sem comer para poder doar sangue.
• Prepare-o para a coleta: após o preenchimento dos seus dados, ele será encaminhado para a coleta. E assim como é com a gente, eles também doam sangue acordados e conscientes, por isso a necessidade do pet ser mais calmo. A coleta é feita por um acesso no pescoço ou nas patinhas.
• Examinando o sangue: o pet também tem tipo sanguíneo. Então, quando estiver pronto, uma pequena amostra será retirada para os exames. Esse passo é importante, pois garante que o sangue está saudável e pronto para ser utilizado em pets debilitados.
• Coletando o sangue: o pet ficará deitado, descansando, enquanto o sangue é coletado. Nesse passo é importante que o tutor esteja junto, já que assim, o pet ficará mais tranquilo.
• Após a doação: depois de finalizar a doação, o pet já está pronto para voltar para casa. Muitos postos de coleta oferecem petiscos e ração para os pets, pois é uma forma de dar energia, além de agradar ao seu pequeno herói.
• Novas doações: os especialistas recomendam um prazo de no mínimo 3 meses entre cada coleta para doação.

Como acontece a doação de sangue pet

Para doar, os pets passam por uma série de testes clínicos, para verificar se estão bem de saúde. Os cães podem doar até 450ml de sangue, enquanto os gatos, até 40ml.

É muito importante ressaltar que os cães não podem doar ou receber sangue dos gatos, já que o tipo sanguíneo é diferente entre eles. Por exemplo, até mesmo entre os cães, existem tipos sanguíneos diferentes e por esse motivo, é realizado o teste de compatibilidade entre o doador e o receptor.

Curiosidade

Os cães possuem 6 tipos sanguíneos principais, que compõem o Sistema DEA (Antígeno Eritrocitário Canino). Sendo eles: DEA 1, que se divide nos subtipos DEA 1,1 e 1.2, DEA 3, DEA 4, DEA 5 e DEA 7.

Os que mais prevalecem entre os cães são os grupos DEA 1.1 e DEA 4. Porém, o sangue dos cães é muito complexo e, em um mesmo cão, é possível encontrar mais de um tipo sanguíneo. O tipo sanguíneo DEA 4 é considerado como doador universal, (algo como o nosso sangue humano O Rh -). Entretanto, ainda não se descobriu um sangue que seja receptor universal.

No caso dos gatinhos, existem 3 tipos sanguíneos, sendo eles A, B e AB. E o teste de compatibilidade e tipificação sanguínea são muito importantes para se prevenir reações transfusionais.

Os ursinhos são doadores?

Depois dessa explicação toda, talvez você esteja se perguntando se os ursinhos são doadores de sangue, né? Pois bem, não são! Infelizmente, nenhum deles atinge o peso mínimo de 27kg para se tornar doador de sangue pet. Adoraria que fossem, mas pela saúde deles não é possível. Contudo, se algum dia eu tiver um pet que possa, certamente farei.

E então, você sabia sobre a doação de sangue pet? Já levou ou pensa em levar o seu amigo para doar ou ele precisou de sangue de algum amigo? Conta pra gente! E não esquece de nos seguir no Instagram @ursinhoschowchow.